Depoimento [bolsista - EYRI WATARI]
Bom, por onde devo começar. Há tantas coisas para escrever que fico um tanto confuso. Mas vamos pelo começo.
Cheguei no Japão em Abril de 2005. Com um nível 2 de proficiência em língua Japonesa, já me disseram que eu deveria ir diretamente ao laboratório (sem passar pelos 6 meses de curso da língua) e começar as pesquisas. Um pouco desamparado e com um pouco de medo, comecei a freqüentar o laboratório. Mas logo o medo foi se tornando em tranqüilidade a cada vez mais que me acostumava com o pessoal e com a pesquisa.
À medida que me acostumava mais e mais com a língua e com os estudos, fui descobrindo o quão fascinante é o avanço tecnológico do Japão. Laboratório bem equipado, referências avançadas, muito diferente de se realizar uma pesquisa no Brasil. A cada dia aprendo uma coisa nova, e o tempo que gasto com os estudos começa a ficar cada vez mais longo. E a participação em congressos começa a ficar cada vez mais freqüente, possibilitando o enriquecimento do curriculun. Já no primeiro ano, conquistei meu primeiro prêmio de “Best Session” em uma conferência.
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Demonstração de Robôs: Eu explicando para a platéia o robô que construí. |
O clima no Japão também é importante destacar. As estações são bem definidas. A primavera, cheio de flores, o verão com seu calor insuportável, o outono com a folhagem vermelha e amarela, o inverno frio e aconchegante. Para aqueles que virão nos próximos anos, acho que é bom preparar roupas para essas estações. Sei que não há roupas muito quentes aqui no Brasil, e que é melhor comprar no Japão, mas fica aqui um aviso para trazer roupas para a primavera e o outono, que equivale ao inverno de São Paulo.
O intercâmbio da cultura é também uma outra coisa maravilhosa. O “REIGI”, a forma com que se tratam outras pessoas, com certeza é diferente do Brasil. Os japoneses são muito educados e são muito curiosos com relação à cultura brasileira. Não só o intercâmbio com japoneses, mas com os outros “RYUUGAKUSEI”, estrangeiros que vieram para estudar. Tem pessoas de tudo quanto é país, o que oferece a possibilidade de conhecer outras culturas e ter amizades internacionais. Por exemplo, a nossa “panelinha” de 2005 é composto por Brasileiros, Equatorianos, Australiano, Catalão, Israelense, Inglês, entre outros.
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Os ryuugakusei’s logo após a cerimônia de ingresso
(Tokyo Institute of Technology) |
Inclusive, tive a oportunidade de conhecer minha esposa, uma Coreana que veio estudar artes. É mais uma felicidade conquistada na minha vida.
Queria muito agradecer a oportunidade me dada de estudar no Japão. Estou muito satisfeito e pretendo continuar meus estudos até receber o diploma de doutorado (eu pretendia somente realizar o curso de mestrado).
Eyri Watari
Bolsista de Pesquisa (pós-graduação) 2005
MATERIAL COMPLEMENTAR
Estudar fora vale a pena, mas implica riscos
[Fonte:Folha de São Paulo, Caderno de Empregos 14/11/2004]
(clique aqui para ler a matéria)
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