Bolsas de Estudo MEXT - Escola TÉcnica Superior

Depoimento [bolsista - Hilton Tamanaha Goi]

A Bolsa do “Monbukagagusho”foi a minha primeira experiência no exterior. Apesar de ser descendente de japoneses, eu não falava a língua japonesa. Meu sonho era aprender o idioma dos meus avós e depois de várias tentativas sem sucesso de aprender esta língua no Brasil, decidi que a melhor maneira para aprender bem o Nihongo seria morar no Japão. Além disso, comecei a estudar Inglês aos 12 anos, pois sempre quis conhecer outros países.

Pretendia prestar vestibular no Brasil, em Engenharia, mas como o Japão é uma das maiores potências industriais mundiais, pensei que seria ainda melhor estudar Engenharia em uma faculdade japonesa.

Uma chance de ir estudar e morar no Japão, tudo bancado pelo governo japonês era imperdível.

Penso que as empresas e universidades se interessam por pessoas que além do conhecimento técnico, têm experiência de convívio no exterior, fluência em idiomas estrangeiros, compreensão de diferenças culturais, análise de pontos de vistas diversos, capacidade de adaptação, etc. Para tanto, acredito que um diploma obtido no exterior é bastante importante. Espero que a minha expectativa esteja correta, pois quando eu retornar ao Brasil, também irei disputar uma vaga em empresas ou faculdades.

Não me informei se o Brasil reconheceria o diploma. E esta é a parte mais difícil para um graduado no exterior após o retorno ao Brasil, a Revalidação do Diploma Universitário ou de Tecnólogo. Não imaginava que no Brasil o processo de revalidação de diplomas estrangeiros seria tão complicado. Isto atrapalhou bastante, mas entendo que é um processo necessário e importante para o Brasil.

Um curso de Engenharia no Brasil leva em média 5 anos, no Japão apenas 4 anos. As cargas horárias, os números de crédito e o currículo são bastante diferentes. Pelo que vejo, as aulas e as provas também são bem diferentes.

A vida para quem tem bolsa de estudo é muito boa. Possibilita condições de estudar tranqüilamente, participar de vários eventos e desfrutar de viagens, etc. Quem não tem apoio financeiro nem do governo nem da família, poderá estudar no Japão trabalhando em serviços temporários, isto é possível se a Universidade e se o Centro de Imigração permitirem.

O idioma no começo foi difícil. Primeiro, quando você não consegue ter boa comunicação com as pessoas em sua volta, às vezes é frustrante. Mas o pior é que, quando se tem de estudar com livros japoneses, você leva 2 horas para conseguir ler e entender uma página do livro, o que para um estudante japonês, por exemplo, levaria apenas 15 minutos. O dicionário foi o livro que eu mais usei. Ou seja, o esforço de um estudante estrangeiro tem de ser muito maior do que o dos japoneses para acompanhar a matéria. Também levei algum tempo, cerca de 2 anos, para conseguir entender direito as aulas.

Pretendo morar mais alguns anos no exterior antes de voltar em definitivo ao Brasil, porque quero ganhar experiência em trabalhar fora, conhecer bem tanto “Empresa” quanto a “Universidade”, para poder ter uma visão mais abrangente e mais chances de conseguir um bom emprego no Brasil.

O custo de vida no Japão é talvez o mais caro do mundo! Os bolsistas do governo japonês são isentos de mensalidades e ganham uma bolsa mensal. Este dinheiro é para necessidades básicas como alimentação, moradia, transporte, roupas, livros, telefone e todos os outros gastos.

No momento estou estudando na Coréia do Sul e fazendo o curso de Doutorado em Engenharia Elétrica, com especialidade em Telecomunicações. A Coréia também está abrindo as suas portas ao mundo, o governo Coreano oferece bolsas de estudo a milhares de estudantes estrangeiros em diversas áreas acadêmicas. Mas a área que tem o maior apoio do governo é a de TI, incluindo as Engenharias de Informática, Robótica, Telecomunicações, Bio e Nano Tecnologias, Semicondutores entre outras.

*Hilton Tamanaha Goi é ex-bolsista de Escola Técnica Superior do “Monbukagakusho”.
 Após o término do curso Técnico transferiu-se para o 3º ano do curso de graduação, obteve o diploma universitário e cursou também o Mestrado na Universidade de Ibaraki no Japão.

MATERIAL COMPLEMENTAR

Estudar fora vale a pena, mas implica riscos

[Fonte:Folha de São Paulo, Caderno de Empregos 14/11/2004]
(clique aqui para ler a matéria)

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Bolsistas 2008 com o Cônsul Geral Adjunto

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