A vida no Japão

Cheguei ao Japão em abril de 2006 e de lá pra cá, meus oito meses aqui têm sido bem produtivos.
Nos primeiros quatro meses, fiz curso intensivo de japonês e me preparei para a prova de entrada no programa de mestrado. Passada a prova, comecei o mestrado em outubro.

Meu dia-a-dia

Estudo na Universidade de Hiroshima. O campus principal fica no interior da província, a meia hora de trem da capital. Moro sozinha em um apartamento em frente ao campus. Tenho aulas todos os dias e seminário do meu laboratório toda semana. Após as aulas, sempre fico no laboratório, pesquisando e estudando. Nas horas livres (são raras!), saio com meus amigos, vamos passear, comer, conversar. E sempre que posso, vou a Hiroshima ou para outros lugares, explorar o país.

Experiência positiva

Até agora, a experiência só tem sido positiva. Sinto que cresço muito pessoalmente e academicamente. Tenho aprendido muito sobre o povo japonês, o modo de pensar deles. Por isso, viver aqui já é uma experiência em si. E estudar aqui é uma grande oportunidade.

A cada dia descubro coisas novas na minha área, conheço pessoas interessantes, tenho discussões valiosas com meus colegas e meus professores, enfim, meus horizontes continuam se expandindo. O Japão oferece oportunidades acadêmicas de grande valia: professores competentes, faculdades bem equipadas; também temos a oportunidade de ir a conferências e eventos da nossa área, nacionais e internacionais. Todo mês, tenho a chance de participar de cursos extras, que só têm ajudado a incrementar o meu currículo.

Sobre a bolsa

Vir para o Japão com a bolsa do Monbukagakusho é uma realidade totalmente diferente. A bolsa nos garante benefícios financeiros que são suficientes pra se viver bem, pagar aluguel, comida, contas da casa, ir a conferências, entre outros, ou seja, não temos que nos preocupar com dinheiro. Além disso, dá-nos benefícios sociais: temos curso de japonês só para nós, somos convidados para vários eventos e não temos que arcar com nenhum custo relacionado a faculdade. Temos um status diferenciado, somos vistos com mais respeito. Por outro lado, exigem mais de nós; muitos têm muitas expectativas em relação ao nosso desempenho.

Planos futuros

Pretendo terminar o mestrado em dois anos. E então, procurar um emprego. Não tenho preferências quanto ao lugar, mas quanto ao tipo de trabalho. E aqui tem sido um bom lugar pra se fazer contatos importantes. Também tenho a opção de continuar estudando e fazer doutorado, ja tenho o aval do meu professor orientador, que tem me incentivado desde quando entrei no mestrado. Muitas boas oportunidades têm aparecido. A bolsa do Monbusho só tem me ajudado. E tenho certeza que vai fazer muita diferença no meu futuro.

Karen Talita Tanaka
Bolsista de Pesquisa (pós-graduação) 2006

MATERIAL COMPLEMENTAR

Estudar fora vale a pena, mas implica riscos
[Fonte:Folha de São Paulo, Caderno de Empregos 14/11/2004]
(clique aqui para ler a matéria)

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