BOLSA DE ESTUDOS - MEXT - LÍNGUA E CULTURA JAPONESA



Depoimento [bolsista -VitÓria Miki Okubo Minasse]

Estudar no Japão foi um verdadeiro sonho. Estudante do 4º ano de Letras – Japonês na USP, realizei um grande sonho ao ser contemplada com a Bolsa de Estudos do MEXT para estudar na Universidade de Hiroshima. Acredito que viver no exterior seja uma experiência pela qual todos os jovens, principalmente, estudantes de Letras deveriam passar, pois, além da maravilhosa oportunidade de aprimorar uma língua estrangeira in loco, é uma experiência positiva que abre a mente para novos horizontes.  

Não vou me ater a detalhes de como é ou como era o Japão na década de 90, período em que estudei naquele país. Gostaria apenas de comentar alguns detalhes de como funcionava o curso de Língua e Cultura Japonesa para estrangeiros da Universidade de Hiroshima na época em que lá estudei.

Ao chegar ao Japão, fui recepcionada por uma tutora, estudante do curso de graduação, responsável em guiar os meus primeiros passos naquele país, auxiliando-me em procedimentos burocráticos, como obter o registro de estrangeiro, abrir conta no banco, realizar as primeiras compras em supermercados e muito mais.

Devidamente encaixada no curso avançado, após um teste de avaliação de nível, foram me sugeridas disciplinas que envolviam aulas de conversação, escrita, interpretação de textos, atualidades e cultura japonesa, que preenchiam uma grade horária de segunda a sexta das 9h e às 15h30. Essas aulas eram oferecidas para estudantes estrangeiros, e a classe era constituída, principalmente, por bolsistas de Língua e Cultura Japonesa provenientes de diversos países.

Fui aceita como orientanda de um professor que atuava na minha área de interesse, através da análise de meus documentos e o objetivo de estudo apresentados por ocasião da minha inscrição na bolsa. Assim como eu, os demais estudantes estrangeiros também desenvolviam as suas pesquisas sob a orientação de um professor na área escolhida.

O meu orientador pertencia ao Departamento de Língua Japonesa da Faculdade de Educação da Universidade de Hiroshima, que oferece o curso para a formação de professores de língua japonesa para estrangeiros; e eu assistia a algumas de suas aulas  voltadas para estudantes de graduação, juntamente com os japoneses. Devido ao conflito de horário entre as aulas do meu professor orientador e as disciplinas oferecidas para estudantes estrangeiros, deixei de cursar algumas matérias com os demais bolsistas; mas a oportunidade de ter um professor orientador na universidade me abriu algumas portas para conhecer o funcionamento de um curso de graduação naquele país. No final do curso de Língua e Cultura Japonesa, a universidade exigiu a entrega de trabalhos de todos os bolsistas, publicados posteriormente em uma coletânea. Para a conclusão desse meu trabalho final, obtive grande auxílio dos meus colegas universitários japoneses, orientandos do mesmo professor. 

Vitória e Eka (Indonésia) no campus central da universidade

Tenho a informação de que cada universidade segue um sistema próprio, e o oferecimento do curso de Língua e Cultura Japonesa pode variar entre as universidades. Alguns de meus colegas bolsistas que estudaram em outras localidades tiveram professores orientadores como eu, outros, orientadores coletivos para estrangeiros. Parece-me algumas universidades  oferecem cursos para estrangeiros sem exigir que o bolsista realize uma pesquisa em algum tema específico.

Em 2006, a Universidade de Hiroshima completou 20 anos após o início do programa de Língua e Cultura Japonesa. Recentemente, acessei o site http://www.iie.hiroshima-u.ac.jp/index-e.html e constatei que havia muitas informações sobre o atual programa, inclusive as disciplinas oferecidas para estrangeiros e o seu conteúdo. Muita coisa mudou desde a época em que estudei naquela universidade, no entanto, muitos professores ainda continuam lecionando no curso.

Espero que, de alguma forma, este breve relato possa colaborar com aqueles candidatos interessados em pleitear a bolsa de Língua e Cultura Japonesa no Consulado Geral do Japão em São Paulo, para que possam ter, ao menos, uma idéia de como funciona o programa na universidade onde estudei. Finalizo, deixando aqui a minha mensagem de incentivo àqueles que têm o interesse em pleitear essa bolsa, desejando boa sorte!

Vitória Miki Okubo Minasse

MATERIAL COMPLEMENTAR

Estudar fora vale a pena, mas implica riscos

[Fonte:Folha de São Paulo, Caderno de Empregos 14/11/2004]
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Bolsistas 2009 com o Cônsul Geral